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A morte do lavrador

 
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João era um lavrador muito alegre e trabalhador.
Nos domingos tocava viola, na venda da estrada.
Em todas as quermesses cantava o leilão do gado.
Na semana formava café, com as mãos na enxada.

Tinha três filhos pequenos e um quase adolescente.
Sempre ajudava os vizinhos com aquilo que podia.
Tinha muitas amizades, benquisto por aquela gente
E assim ia levando sua vida, com bastante alegria.

Mas numa tarde, chegando da roça no final do dia,
Entrou na cozinha e tomou uma caneca de água fria
E de repente tombou morto, por um colapso fatal.

E na noite deste velório, não houve quem não sentia.
O filho mais novo, chamava o pai, sem crer no que via.
Eu perguntava a Deus se aquilo poderia ser normal.

Maringá, 13.01.08


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 16/02/2008 16:34  Atualizado: 16/02/2008 16:34
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 Re: A morte do lavrador
Um belo poema.
Triste a sua história.