Crónicas : 

Compartilhando ideais e sonhos de beleza sem par

 



Eia avante camaradas. Deixaremos esconderijos e logo estaremos ao ar livre nos dias claros. Sobre nossas cabeças, que arda e brilhe a luz solar. Poderemos repousar à sombra dos seculares carvalhos aproveitando a oportunidade para escavar bolotas. Talvez algum de nós seja contemplado com uma saborosa trufa negra. Ralada sobre o fois gras adquire sabor peculiar e requintado. Continua a correr o emaranhado de coisas sem sentido enquanto posso admirar a beleza das garças brancas, equilibradas num só pé, no sopé do aguapé em busca de alevinos e girinos. Gostaria de sentar-me ao lado de uma delas. Ter também a companhia agradável de flamingos rosados e guarás vermelhos. Não deixa de ser um sonho brilhante carinhosamente acalentado desde as montanhas até a orla das águas, passando pelas planícies e pelas pradarias. Sempre com alegria podemos chegar ao mar, pois para baixo através das planícies diminui acentuadamente o grau das curvas de nível, contribuinte assaz para o sucesso do plantio de encosta. Morro abaixo não rola café, nem a pela se acumula nas bordas das peneiras. Necessário se faz desligar os disjuntores magnéticos mantendo a tensão em picos nas linhas. Sempre o equilíbrio emocional faz com que mais e mais corações distantes possam tremer sem serem importunados. Por isso, nunca sei bem se devo ou não murmurar tentando persuadir tantas outras pessoas a compartilhar comigo e com os demais associados um mesmo sonho e ideal de beleza sem par.


 
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FilamposKanoziro
 
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