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A NINFA - soneto terceiro

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
A NINFA - soneto terceiro

Por difícil e raro, sempre dista
O luar nascente quando subo um monte:
Chegando ao topo, longe no horizonte
O que supunha perto e tinha em vista!

Ela -- como luar a olho nu – conquista.
Contudo, não importa onde desponte:
Uma hora me parece quase à fronte
E após se distancia algo intimista...

Bem amiúde a toco mais profundo...
Sinto-a desabrochar feito uma flor
E grata me agradar com mais ardor.

Ela tem medo, como todo mundo.
Afasta-se p’ra nunca se perder
De quem ainda espera acontecer.

............................................


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 21/08/2015 10:22  Atualizado: 21/08/2015 10:22
Usuário desde: 29/01/2015
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 Re: A NINFA - soneto terceiro
Saudações, luso-poetas!

Essa é uma série de quinze sonetos vinculados sob forma fixa denominada coroa de sonetos.

Chama-se A NINFA e consiste num debate sobre amor e sexo, bem como o desejo manifesto de igualdade face à sexualidade, quer feminina; quer masculina.

Fora escrito em Contagem, municipalidade de Minas Gerais-Brasil, em fevereiro de 2014.

Decidi revisá-lo para publicar aqui. Espero que aprecieis.

Abraços, RicardoC.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/08/2015 11:41  Atualizado: 21/08/2015 11:41
 Re: A NINFA - soneto terceiro
*sedutora...um jogo de sedução de atração e afastamento...
muito bom!
aprecio toda essa riqueza emocional e das faces da essência humana, dentro da forma do soneto.
não é para qualquer um hem! PARABÉNS!
abraço
k*

* na expectativa dos próximos...


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/08/2015 11:42  Atualizado: 21/08/2015 11:42
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Muito bonito, gostei!
Abraço


Enviado por Tópico
Marcyflor
Publicado: 21/08/2015 15:35  Atualizado: 21/08/2015 15:35
Membro de honra
Usuário desde: 13/07/2015
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 Re: A NINFA - soneto terceiro
Caro poeta,belíssimo soneto que gostei de ler!
Felicitações pela obra!

Paz e luz,sempre!

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Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 22/08/2015 12:21  Atualizado: 22/08/2015 12:21
Usuário desde: 29/01/2015
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 Re: A NINFA - soneto terceiro

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 23/08/2015 16:20  Atualizado: 23/08/2015 16:20
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Há registros de coroas de sonetos desde o século XVI, na Itália, conforme o Dicionário de Termos Literários.

No Brasil, dezenas de coroas foram redigidas desde os anos 40 do século passado.

O meu interesse em torno de formas de vinculação de sonetos a um tema comum tendo em vista a composição de uma historieta tem em vista a reunião de experiências semelhantes na forma dum livro cujo título provisório seria "Sonetos em série". É isso.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 24/08/2015 11:35  Atualizado: 24/08/2015 11:35
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Para minha surpresa, há na WIKIPÉDIA um verbete COROA DE SONETOS que explica a forma, apesar de não ser clara em relação a suas origens:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coroa_de_sonetos

Em todo caso, é mais uma fonte de informações...

Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 26/08/2015 12:10  Atualizado: 26/08/2015 12:10
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
No site abaixo há uma interessante diagramação de coroa de soneto do poeta húngaro József Attila

http://www.sonetos.com.br/arte.php?t=31

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/08/2015 12:46  Atualizado: 26/08/2015 12:46
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Poeta Ricardo,

Que composição primorosa!

Parabéns pela riqueza na construção!

Um abraço,

Anggela


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 27/08/2015 15:19  Atualizado: 27/08/2015 15:19
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Encontrei aqui no luso-poemas a experiência da autora Ebernise com a seguinte interligação:

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=60230

Sua coroa é uma exaltação lusófana onde se promove o exercício de glosar o mote dado pelos versos dum soneto geratriz escrito por ela para que cada participante da oficina literária que a mesma promovia pudesse oferecer ao fim uma obra coletiva, grupal.

Convido a todos a conhecer a experiência dela e a continuar acompanhando a presente coroa A NINFA.

Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/08/2015 19:57  Atualizado: 27/08/2015 19:57
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Muito bom poeta Ricardo!

Um jogo de palavras profundas!

Parabéns pela obra!

Um abraço,

Anggela


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 28/08/2015 12:34  Atualizado: 28/08/2015 12:34
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Recomenda-se reler cada soneto à medida que os demais são publicados, a fim de que se possa entendê-los em conjunto. Ao final, publicarei a COROA toda junta com esse fim. Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 01/09/2015 11:28  Atualizado: 01/09/2015 11:28
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4856
 Re: A NINFA - soneto terceiro
Saudações, luso-poetas!

Concluo, destarte -- com a publicação de A NINFA - soneto quatridécimo -- a coroa de sonetos que me propus a apresentar a vós-outros.

Agradeço a todos que acompanharam a série lendo e comentando os sonetos. Espero, sinceramente, que ela não tenha sido apenas obra de um virtuosista aprendiz e sim um entretenimento honesto e reflexivo. No fundo, penso ser exacto isso é o que se espera de qualquer narrativa, i.e., que os personagens nos permitam nas situações que vivenciam a projeção de nossos sentimentos e pensamentos.

Mesmo sendo pura ficção, acredito que a historieta dessa NINFA pós-moderna lance luzes sobre o estranhamento que temos quando se conhece alguém que não busca o amor no encontro humano e sim a satisfação de curiosidades e experiências.

É isso.

Abraços, Ricardo Cunha.