Prosas Poéticas : 

Pelos atalhos do tempo

 
 
Cambaleei dobrando todos

os atalhos do mundo

levando meu corpo empanturrado

com dores e despertares

atentos ao cansaço da vida

que nos foge em vertigens

sem alaridos nem desalentos

mas purificando aquelas promessas

transitando dia a dia em ondas

fisionómicamente bafejadas de amor

debruçadas na curva da vida

aplaudindo pungentes de contentamento !


– Fitei ao longe teus olhos perdidos

no galope estirado deste céu

plúmeo com brilho quase desvairado

iluminando os sorrisos soletrados brevemente

onde te pernioto feliz

tragando-te em vendavais tão plenamente


– Apurei os ouvidos

escutando tantos forjados

cânticos de amor e esperança

correndo para ti ébrio de vida

latindo em tuas cascatas

feitas vestes no teu ser

que desnudo silenciosamente

revigorando a leda noite

que fecundo em pujança


– Restam curtas memória

nestes meus versos

expurgando toda liberdade

refém e minuciosamente escrita

ao ritmo da nossa

suprema cumplicidade


– Tristonho morre o dia

onde o sol extinguindo-se

constrói seu poente no catre

deste oceano em silêncios

e nós

lá pernoitaremos

congratulados pelas

novas emoções que descalçamos

ali

juntinho

às requintadas margens

do nosso mar

tão belo e vasto em alvoroço

que no teu rasto todo em ti

felizmente

em vagas eu me destroço

FC

 
Autor
Frederico
 
Texto
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