Sonetos : 

A NINFA - soneto undécimo

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
A NINFA - soneto undécimo

Que a de quem nunca nada se permita
N'uma vida de dúvidas e esforços.
Prefere ela admirar peitos e dorsos
Nus e na posição que mais a excita...

Cansada de ver gente triste e aflita
De tanto acumular novos remorsos,
Busca esteticamente por estorços
Que em nua pele mais o olhar incita.

A beleza e o prazer que após promete
Mantêm na novidade um interesse
Que apenas com surpresas permanece.

E apontando-se, por fim reflete:
--"Esta zinha aqui não é pior que aquela!..."
Ela fala e eu a escuto, porque bela.

............................................




Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
614
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
23 pontos
3
2
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/08/2015 00:28  Atualizado: 30/08/2015 00:28
 Re: A NINFA - soneto undécimo
*por vezes sinto-a ponderando sobre sua própria visão, a ponto de perceber-se e ter total consciência de suas atitudes...sei lá!rsrsrs
divago e aprecio!
abraço
k*


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 01/09/2015 11:31  Atualizado: 01/09/2015 11:31
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4864
 Re: A NINFA - soneto undécimo
Saudações, luso-poetas!

Concluo, destarte -- com a publicação de A NINFA - soneto quatridécimo -- a coroa de sonetos que me propus a apresentar a vós-outros.

Agradeço a todos que acompanharam a série lendo e comentando os sonetos. Espero, sinceramente, que ela não tenha sido apenas obra de um virtuosista aprendiz e sim um entretenimento honesto e reflexivo. No fundo, penso ser exacto isso é o que se espera de qualquer narrativa, i.e., que os personagens nos permitam nas situações que vivenciam a projeção de nossos sentimentos e pensamentos.

Mesmo sendo pura ficção, acredito que a historieta dessa NINFA pós-moderna lance luzes sobre o estranhamento que temos quando se conhece alguém que não busca o amor no encontro humano e sim a satisfação de curiosidades e experiências.

É isso.

Abraços, Ricardo Cunha.