Poemas : 

As correntes na leveza do ser

 
As correntes na leveza do ser

Bebo das águas eternas que sobressaem do interior,
E que jorram para a vida eterna,
E acumulo tesouros na pátria celestial,
No ardor do meu desejo,
Que se eleva do meu interior,
Para outras paragens rumo ao amanhã,

Nada ouço senão as correntes que provêm do fundo,
No profundo do meu intimo para o exterior,
Que fica ao meu lado de dentro para fora,
É uma leveza quanto que estranheza,
Nas entranhas da minha alma,
Ao som das armas de guerra,

Sinto-me de consciência tranquila,
Numa paz infinita quanto duradoura,
É um som que embala mas não entristece,
Fresco quanto que cintilante,
Nas asas das constelações planetárias,
E me dá uma vontade de querer sorrir,

Enquanto elevo o jarro à boca,
É um frescor que cá dentro se sente,
De uma maneira gostosa quanto ardente,
Na paz do ser e do querer em espírito e verdade,
Sorrio neste momento de pedir por mais,
No som da água que chia na minha garganta,

Adentro sinto uma leveza que sei distinguir.
De uma maneira particular e só minha,
São umas fontes de água eterna inesgotáveis,
Que provêm da cava gruta do habitat das sereias,
De querer sorrir na vontade que só eu o sei,
A não ser os Deuses do alto dos Olimpos,

É um frescor inigualável ao néctar dos deuses,
Bebo num riso inatingível e diferente aos demais,
Do púcaro que elevo à minha boca num tom fresco,
Mas suave como o canto dos pardais e dos veados,
Que suspiram pelas águas frescas dos riachos,
Isto é uma bênção que só perdura na eternidade,

Nada é como beber um gole da fonte da divindade,
E suspirar estar no colo dos deuses a gozar o eterno,
Estando numa onda melhor que na terrena vida,
A manjar o melhor dos banquetes divinos,
É um sonho que qualquer mortal anseia,
E que olho algum jamais viu ou sonhou,

Batem com punho sobre a mesa,
Com toda a inteireza de carácter,
Com toda a firmeza do querer,
Com uma mão cerrada e poderosa,

Quem por mim deveras me chama?
Quanto mais baste uma chama,
Será orvalho? Será gente?
Ou a gente não o consente?

Em tamanhas dores na ligeireza,
E um tanto humilhado tristemente,
Para alcançar tamanha proeza,
Um tanto conturbado e descontente,

Quem por mim não clama,
Nesta chama acesa por mim,
Gente não o é certamente,
E a chuva deveras bate assim,

Quem a mim ama,
Pelas correntes não se leva,
Nem em vão se eleva,
E jamais cai na sujeira da lama,

É um frescor a água da vida eterna,
Nesta ânsia de se querer tirar proveito,
Junto com o amor do peito,
Algures no alto de uma taverna.

 
Autor
pedrogomesgomes
 
Texto
Data
Leituras
463
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.