Sonetos : 

Soneto das nuvens negras sob raios contemplativos do luar

 



Jamais acreditei no que dizia minha mãe sobre pessoas,
não acredite você também em tudo que disserem do luar;
sem conhecer agruras terrenas não pode dizer serem boas,
não importa o que pensem os padres, também vão enganar.

Acredito existirem premissas para jamais serem honradas,
mormente feitas a criança tola vertida em lágrimas pueris;
jamais serão cumpridas, serão torrente de águas passadas,
esses arroios não subsistem em que pesem desejo febris.

Medite! Não acredite no destino traçado por linhas tortas,
palavras cabalísticas grafadas em tríduos d’horas mortas,
ja não mais creio nas belas palavras e brilho d’olhos vivos.

Pois o desespero real que existe não á das palavras caleça;
é sege que se move, traiçoeiro. Não há silêncio que impeça;
nuvens as há negras, mesmo ao luar em raios contemplativos.


 
Autor
ReflexoContrito
 
Texto
Data
Leituras
557
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
1
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/11/2015 00:17  Atualizado: 24/11/2015 00:20
 Re: Soneto das nuvens negras sob raios contemplativos do ...
Creio que as vivências da vida,imbui ao ser humano uma gama de experiência que possibilita de certa forma,um acervo que pode ser transmitido,isso pela questão da sociologia.
Sua mãe sabia dentro do seu próprio mundo a verdade que lhe dizia e sinceramente deve de ter alguma validade no passar do tempo,tanto é por esse seu soneto introspectivo/interventivo.
Segundo Amit Goswami : "A morte é quando a consciência para de causar o colapso das possibilidades quânticas em eventos reais da experiência"
Possibilidades seguras ou perdidas, fazem uma certa diferença,é dessa forma que concebo na sua afirmação:"Acredito existirem premissas para jamais serem honradas,(...)"