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crónica de uma queda

 
Afigura-se um dia pesado, sem jeito para rimas. Compassado pelo passar das horas, o peso da negritude ameaça o andar cadente para a noite qual morte anunciada aos primeiros raios de sol, como tambores a rufar… Dá tempo que se reze aos santinhos de improviso! Sem jeito para improvisar, essa tem hora marcada.
Não há hora como a da morte. Um abraço sólido, sem tempo para arrependimentos, só esse interregno de visão passado. Um tempo que se desmorona, outro sem descoberta, ali aberto aos nossos olhos mas sem vislumbre.
Pode existir doçura nesse abraço, como um penhasco sem fim…
Ou aqueles sonhos em que despencamos de uma altura sem ver o fim da descida, só o terror de cair… E cair… E cair…

 
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jaber
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Enviado por Tópico
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Publicado: 07/12/2015 23:04  Atualizado: 07/12/2015 23:04
 Re: crónica de uma queda
Gostei muito mesmo, parabéns!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/12/2015 00:32  Atualizado: 08/12/2015 00:32
 Re: crónica de uma queda
e por descer em agonia..
(e mais vezes, até!)


um Grande Abraço!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/12/2015 15:28  Atualizado: 08/12/2015 15:28
 Re: crónica de uma queda
*de fato...nao ha hora como a da morte!
Pra guardar e reler!
Muito bom ler da tua escrita. Gosto muito. Por vezes releio tuas composiçoes aqui compiladas pois sempre acrescenta-me algo na alma...
Grande abraço
K*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2016 21:43  Atualizado: 03/09/2016 21:43
 Re: crónica de uma queda
Nossa...
já tive cada sonho caindo de alturas que só de imaginar dá frio na barriga!

Gostei da sua crônica poeta jaber!
Abraço .

Maria Laís!