Merendo a bela ilusão chorona da minha janela, Germina o relvado nas brechas da calçada Com seu verde verdejante e o exalar da vela, A chama que me chama na noite, chegada.
Estas reflexões verdes tens que saborear diferente, Mas nunca diferente de mim, do que sinto e do que sou; Eu sei sê-lo, mas agora vou ser a dor oculta, presente, E eu sei, faze-lo tão bem, que me ri do verde que evaporou.
Agora, está escuro, consegues sentir o que estou a sentir? Não interessa o que sinto, só o que tu sentes importa! Andamos neste mundo só para sentir o nosso sentir e nos iludirmos com os sentimentos dos outros.
As vezes mais vale abrir o guarda-chuva ao que sinto, Porque pode magoar-se com os pingos do meu instinto. E se o pó da ampulheta chegar ao fim estou bem ciente, Que sempre a posso virar e tentar tudo repetidamente.
E se coração parar na hora h, eu tentei repetidamente, Dizer o que nunca consegui dizer, chorei perdidamente, Sofri porque talvez fosse a minha gota que me abraçasse, Que me entendesse nos choros da ventania de um adeus.
Quandoachuvacai-A.C.O.R
Eu sou só, mais uma sombra que anda por aí e quem projeta-me, inevitavelmente acompanha-me.
Íris Maria Fonseca Correia /Quandoachuvacai-acor Frederico Anjos /Quandoosolreluz -acor Luna /Quandoaluabrilha-acor