Poemas : 

Soneto dos desejos invejosos “fugerit invida votis “

 



Beirando às raias da pura insanidade
sentir a dor de não estar presente,
quando aqui vislumbro grandiosidade,
toda extensão do símbolo premente.

Diante de insignificantes apelos tais,
emanantes dos cadinhos aos vapores,
findo coro solerte a ignóbeis animais,
ruge solene tal diapasão de horrores.

“Como muito antes, nos idos da Gaia,
o fluxo do mar não abarca a cesta”
- dirão sempre com repúdio à tocaia.

E da alma, sem medo dardejam dores,
mas suplantando amuide a fera-Besta,
e tais invejosos de anelo aos valores.




 
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ReflexoContrito
 
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 24/02/2016 23:05  Atualizado: 24/02/2016 23:05
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
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 Re: Soneto dos desejos invejosos “fugerit invida votis “
Soneto perfeito e para refletir. A Fera-Besta não deve ter gostado muito. Mas nem tudo é para se gostar, não é? Abraços!