Poemas : 

Indiferença

 
O homem vestido de cinza rotina
caminha mecânico em seus círculos,
esquecido de sua desimportância.
Ao lado, a folha seca voa
sem perceber
a indiferença do vento.



Lettre la Art et la Culture


Sentir-me-ei honrado com a sua visita em minhas páginas, nos links abaixo:

www.fabiorenatovillela.com

Blog - Versos Reversos

 
Autor
FabioVillela
 
Texto
Data
Leituras
709
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
18 pontos
4
3
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/03/2016 21:26  Atualizado: 29/03/2016 21:27
 Re: Indiferença
E nesse porem a vida veio e foi desapercebida.

Agradeço por ler, boa noite Fabio.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/03/2016 18:00  Atualizado: 30/03/2016 18:00
 Re: Indiferença
Amei os versos brancos!

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 08/08/2016 09:05  Atualizado: 08/08/2016 09:08
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Indiferença
A cor cinza, logo no primeiro verso, acentua a ideia de insipidez que este teu poema, logo pelo título, mostra querer realçar.
O “homem” que se veste “de cinza” é o homem que se iguala a todos os outros homens, preso na sua rotina e caminhando “mecânico em seus círculos”.
“círculos” porque as rotinas nos fazem repetir as mesmas acções, e as mesmas acções, e as mesmas acções, e as mesmas acções, infindavelmente…
e, enquanto o homem repete as suas repisadas rotinas, não tendo em consideração a sua “desimportância” no mundo (que o deveria levar a querer fazer algo para se vincar nele), a “folha seca” “ao lado” voa “sem perceber/a indiferença do vento”.
Porque nós, à semelhança da folha que voa, deixamo-nos levar pelo vento sem perceber que ele é indiferente ao que nós fazemos… porque, nas nossas rotinas, somos substituíveis, apesar de raramente termos noção disso e nos esfolarmos nelas como se fôssemos os únicos capazes de as fazer; e, tal como as folhas caem com o vento, também nós caímos devido a esse mesmo vento que deixamos que nos leve… ignorantes da nossa desimportância e nada fazendo para retirar o “des” da desimportância que possuímos, vestindo o fato cinza e seguindo, infindavelmente, em círculos...