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" O MEU FAROL "

 
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“ O Meu Farol”


Da casa onde moro eu vejo um farol pequenino

Na verdade não é um farol

É uma casa e uma varanda

Sempre com a luz aberta

E de perto, não deve ser pequenina

Mas de onde eu moro

É um pontinho de luz

E está sempre aberto, na escuridão da noite

Como a casa está virada para esse ponto de luz

Eu posso vê-lo de qualquer divisão da casa onde moro

Já me perguntei quem vive lá

E porque tem sempre aberta a luz

A noite inteira

Todas as noites

Não acredito que seja para ser “o meu farol” como lhe chamo

Ou poderá ser?

É uma luz suave, tão confortante, quanto uma luz pode ser

E parece que “conhece” os meus desígnios da alma, pois quando estou triste ou menos bem

Olho para ela

Ela está lá

Suave, confortante, sempre acesa

Às vezes penso em memorizar exactamente o sítio, no meio dos outros pontos de luz, para de dia ir saber quem mora lá

Saber porque deixa a luz acesa toda a noite

Mas quando olho para fora da janela com essa intenção, estão sempre muitos pontos de luz que me confundem e não consigo apontar com precisão “qual é o meu farol”

Parece que “ele” conhece a minha intenção de o ir pesquisar.

E quer ser simples e grandiosamente “o meu pequeno farol”

Não quer que eu olhe para ele de noite e

Imagine um apartamento, móveis, pessoas que o habitam, que por uma qualquer razão deixam a luz aberta a noite inteira.

Ele quer ser apenas o “ ponto de luz” na escuridão dos outros apartamentos que já se apagaram.

É sempre ele.

Já comparei, se não seria outro sítio, outra casa, outra varanda…

Mas não…

É sempre ele.

E chamem-me o que quiserem, sinto que dali vem amor.

Por isso …

Exactamente por isso…

Eu reparei nele!

Luz quase creme, suave, difusa, que aconchega

As outras são diferentes

Quando estão várias abertas, parece que conjecturam para me enganar.

Mas quando eu só quero acalmar meu coração e sentir Amor e Omnipresença, só ela está aberta.

Então fico a olhar, com um sorriso nos lábios e a cabeça encostada ao parapeito da janela.

Fecho os olhos e suspiro

E simplesmente penso

O meu farol está ali

Aceso para me amar e sossegar

E como ele está ali

Muitas coisas também estarão no seu sítio amanhã.

Por hoje, ele vai velar o meu sono

E posso ir dormir num misto de paz, serenidade e amor.

Alguém cuida de mim.



(Por Ana C./ SOB_VERSIVA)


*Baseado numa "vivência" pessoal
*Publicado em 2006


Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
*Mário Quintana*

 
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SOB_VERSIVA
 
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