Prosas Poéticas : 

Quanto tempo o tempo tem...

 
Tens tempo para mim? Não sejas pateta o teu tempo é uma miséria triste, sabes bem que o tempo te escorre pelas mãos num timbre descontrolado, melodia descompassada e silenciosa. Pobre doido! Pobre! Se ao menos entendesses que quem comanda o teu tempo não és tu mas andas, de um lado para outro, tentando controlar as 24horas de um dia apenas, sem te dares conta que o tempo é bem mais do que isso, também são as memórias e recordações que no futuro terás dessas 24 horas.
Sabes qual é o meu tempo? O teu é que não é de certeza e se me estiveres a ler neste momento saberás que me sobra tempo para tudo, dou voltas em mim, espaços entre mim não faltam mas é tudo isso que eu mato sem saber porque. Hoje assim que te vi a ler-me senti necessidade de escrever-te os vícios modernos que te afligem, o tempo que não é teu, o espaço que não te pertence e essa mania quase irresistivel de tremer até ao ranger dos dentes a inerte diabrura de não ser.
Escutas ainda o vento? O barulho do teu rato enquanto me lês? Consegues ouvir-te sorrir? Nem os sons normais dos dias ouves de tão aterefado que andas a tentar controlar o teu tempo, como se o tempo te pertencesse!
Bate lá com a cabeça na parede de novo, esse é o caminho para a aprendizagem e eu quero que sejas mestre em cabeçadas na parede.



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. façam de conta que eu não estive cá .

 
Autor
Margarete
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