infinita linha do horizonte

Mary
Belíssimo poema! Obrigada por partilhar!
Beijos!
Janna

Sempre um devaneio prazeroso! Beijinhos!

É para além do horizonte que paira o olhar quando esta linha (“escuro vácuo”) surge… e “o sol abandona o manto”.
“longínquos”, os “olhos” habitam a imensidão da paisagem, não havendo palavras que possam descrever esta sua contemplação:

“desperta uma chama
que chama
o que não se pode dizer”

Vivemos o que sentimos, mas não sabemos exprimir (verdadeiramente) o que sentimos ou, quem sabe, não o queiramos (simplesmente) expressar…
Como bolas de sabão, os sentimentos podem ser destroçados pelo mais ténue sopro, por isso o melhor é ficarmo-nos por essas imagens longínquas que, todavia, nos reflectem também: “desenhos estelares”, “solidão das estrelas”.
Nelas, “os silêncios que” nos “habitam” deixam-se curvar, mostrando-se, entre os versos estelares, como vaga-lumes.
As nossas emoções são côncavas, viradas para nós, para dentro, por isso vibramos perante esse horizonte tão convexo que se expressa sem amarras (porque a “incógnita da fonte” é um fluir completo, é uma ausência de cais).
O olhar mudo, porém, questiona: “por aqui estou/e por que/não lá!”, aspirando essa vastidão quando, também ele, é pura imensidão…. mas de uma natureza côncava… feita de bolas (e mais bolas) de sabão... que rebentam (e rebentarão) no ar de quando em quando.

Belas as imagens com que nos presenteias! Por elas vagueio enquanto me demoro nesta corda poemamba (como a linha do horizonte com que começa o teu poema)…
poetandante por estes mares de horizontes que me atraem e espelham.

Olá Mary,

Gostei deveras deste teu poema tão bem escrito e de forma diferente, embora dentro do teu registo habitual.

Um jogo belo de emoções e contemplações, onde sempre fica a incógnita oportuna que nos leva a pensar em tudo o que temos por certo e no que deveras nos faz falta. - Eu assim o senti, e gostei muito.
Parabéns querida MarySSantos

Beijos
Eureka/Maria

Uma expressão de sentimentos e de senitr expresso em cada verso. Sentimentos que nos sopram, flutuamos, ou nos consomem, afundamos.
A sua forma de se expressar traz sempre uma esperança
"meus lábios
e mãos
se aquecem na concha d'alma
vibrada no horizonte",

o que é sempre um afago para o leitor. Parabéns
Um abraço

Um poema onde a perspicácia e originalidade conferem um traço indelével . Adorei que estivesse cá e deixasse este lindo poema, beijinhos de carinho Vólena