Sonetos : 

(Se)mente

 
Tags:  fingimento    amargo  
 

Fazes dos sentimentos das mulheres banalidades
Que utilizas como troféus segredados em poemas
Como se as palavras fossem apenas simplicidades
E o que sentem por ti fossem apenas meros temas

Fazes das rosas viçosas um jardim de coisas mortas
Que sofrem as dores de acreditar nas belas algemas
Que colocas em vez de alianças, porém todas tortas
À imagem da tua mente distorcida que bem acalentas

Fazes das árvores o ganha-pão da origem poderosa
Que envolve o caule, como fruto amargo e recorrente
Pagando os moldes da terra arável remanescente

Fazes do óbvio fingimento uma bela e rebuscada prosa
Que inspira o prémio nobel da farsa falsa e aparente
E despem-te as folhas desnudando essa (se)mente!


Este texto surgiu devido a uma dessas histórias que tanto acontecem pela net. Já tem uns meses e não foi dedicado a ninguém em especial. Quem não conhece algo semelhante que...atire a primeira pedra!
 
Autor
Nininha
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 27/08/2016 13:47  Atualizado: 27/08/2016 13:58
Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 1935
 Re: (Se)mente
Como diria o meu amigos Henrique Pedro, um soneto muito canónico.
Muito bom na estrutura.

Tem cheiro a dor. A traição. A desonestidade.
Mas duma forma clara, magoada e correcta.

Gosto muito
É como construir bem um clássico (soneto).
Nem todos o sabem.

Bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/08/2016 12:13  Atualizado: 28/08/2016 12:13
 Re: (Se)mente
A vida pode ser movida por sentidos onde os gesto tem os seu outro lado, sento que as aresta de todos não são iguais.

martisns