Poemas : 

Dias

 
Não ouses jamais cantar a minha hora
Ao sentires o insistente repicar dos sinos,
Recorda para sempre as palavras escritas
E as passagens mais bonitas
Do brincar alegre dos meninos,
Do silêncio que não me deixa ir embora.

Gargalha graciosamente neste dia grotesco
Que alimenta essa demente alegria,
Essa energúmena fraqueza mundana,
Ópio que te suga a essência humana.
Tu! Ser rastejante da longínqua periferia,
Disforme, monstruoso... dantesco.

Devolvo para ti as pragas maldizentes
Aquelas que te conspurcam a impoluta alma,
Desejo-te o limbo para a eternidade,
Sem nunca esquecer quão bela amizade,
Os teus conselhos que me trouxeram a calma,
Todos aqueles momentos de crises deprimentes.

Aconchegaste-me com histórias de embalar
Com o carinho próprio de quem gosta sem interesse,
Com esse teu terno olhar perdido e distante
Que afastei como se fosse algo repugnante,
Como se o todo o mundo me pertencesse.
Tempestade que me baralha nesta vida virtual.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 04/03/2008 23:47  Atualizado: 04/03/2008 23:47
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Mensagens: 4098
 Re: Dias
O poema não está mau, mas houve partes que me pareceu a rima um pouco forçada. Já li imensas coisas tuas (e gosto mesmo de te ler) mais leves, mais... Mais! Mas gostei daquele lirismo e das metáforas usadas. Na verdade gosto sempre

Beijo