Poemas -> Sociais : 

RUA DO NUNCA

 
Tags:  sonhos    rua    cemitério    ruínas    abandonados    degredados  
 
Salve se quem puder nesta rua do nunca,
Nestes prédios centenários degredados,
Nestas antigas fábricas de sonhos abandonados,
Só restam as ruinas de prosperidade qual cemitério industrial ,
Em paralelo com o cemitério de pessoas em cima,
A rua cheira mal de ponta a ponta,mesmo junto á linha de combóio,
No mau cheiro das canalizações , casas de ratos,
As antenas parabólicas mostram como tem parado o tempo aqui,
Pacotes de vinho barato pelo chão,latas de sumo e cervejas,
E o Lavadouro Municipal mesmo ali á mão,
Dá uma ideia da contrastante realidade...
Uma Ford Transit faz marcha atrás derruba 2 caixotes de lixo ...
Que fiquem pelo chão,não é já nada consigo e segue viajem,
É a rua da ETAR e do seu cheiro nauseabundo,
É a rua onde passa uma moradora jovem com uma criança pela mão,
Com um saco de lixo na outra,
O saco rompe se,ela segue caminho impávida como se nada fosse,
Apesar da funcionária de uma das fábricas ainda no ativo,
Gritar a plenos pulmões pela sua falta de educação e pelo lixo que fica no chão..
É a rua da amargura ,é o fim da linha
É a rua dos sem abrigo,dizem do centro para os sem abrigo...Pois é.
E se soubessem que eu lá estava quem queria ser meu amigo?
É esta a Rua Gualdim Pais até ao fim da Estrada de Chelas

SEMEANO OLIVEIRA




21 DE MARÇO 2016 - Participei na Coletanea de Poesia da EDIÇOES VIEIRA DA SILVA ,intitulada "ECOS DE APOLO"

 
Autor
SEMEANO
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2596
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.