Em plácido berço repousa
Banhada em luz que reluz
Feixe da lua nos olhos azuis
Ave que no teu corpo pousa.
Nas vagas singram caravelas
Num oceano de águas calmas
Teus olhos são minhas janelas
Palco onde atuam nossas almas.
Um lençol prateado o nu cobre
Um rosado do seio me aparece
Seu corpo é porto seguro, sede
Onde o pegureiro se torna nobre.
Passo a noite a velar a arquitetura
A estrutura magnífica e escultural
Que a mim não causa nenhum mal
Pois nem todo mal existe uma cura.
Gyl Ferrys