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ÚLTIMA PARADA

 
Tags:  Sonetos 1998  
 
ÚLTIMA PARADA

Estava triste sem saber por quê,
Apenas esperando o trem parar...
Um tanto distraído perco o olhar
A dizer-me ora “Não”; e ainda ”Sê!”

Algaravia dentro em mim se dê:
--“Não. Eu nunca estou onde quero estar...
Se imagino, é sempre um outro lugar!...” --
Mas, desço do comboio igual clichê

Digno d’algum herói rocambolesco,
Que aos transes de ventura em vão padece,
Indo desde o sublime ao mais grotesco...

Já na estação, aos poucos escurece.
Minh’alma, n’um desgosto gigantesco,
Sequer sabe porque ora se entristece.

Belo Horizonte -15 02 1998


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
MaryFioratti
Publicado: 02/12/2016 04:25  Atualizado: 02/12/2016 04:25
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 Re: ÚLTIMA PARADA
Ricardo,

que lindo este poema! Nele tem tanta coisa que sinto, ou ja senti...
Queria que voce me contasse por que escreveu isso, e onde estava.
E por que se sentiu assim...

Abracos!


*Mary Fioratti*