Sonetos : 

NÃO ACREDITEI EM PROMESSAS

 
De que me vale viver a intensidade das marés,
Se das gotas dum mar de lágrimas, eu naufragar?
Em que minhas vestes, de pele e alma num convés,
Meu rumo numa bússola amarga eu navegar?...

Tento novamente me reerguer de mim,
Numa intensidade plural sem dor...
Destemida pelos ventos deste mar revolto,
Loucamente torturando meu mal de amor...

Nas lacunas desta insana ventania,
Ventos me levam as chamas promessas,
De vãs e incabíveis filosofias...

Mais que alma, quero paz!
Pra dos temporais me sentir protegida;
Prometi a mim mesma, tenho amor à vida!...







"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 28/03/2008 21:12  Atualizado: 28/03/2008 21:12
Colaborador
Usuário desde: 11/09/2007
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Mensagens: 4246
 Re: NÃO ACREDITEI EM PROMESSAS
E todos nós queremos esta calmaria, brisa leve,
ás vezes torna-se assim desta forma que descreveste,
perfeito. Beijão!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/03/2008 21:17  Atualizado: 28/03/2008 21:17
 Re: NÃO ACREDITEI EM PROMESSAS
Núria,

A gente não quer acreditar em promessas, mas a alma feminina - às avessas - vive a nos pregar essas peças. No poema me agradei principalmente do primeiro terceto.

Bjins meus, Betha.