Moves-te no silêncio das palavras que não ousas
buscas a luz que adivinhas subsistir
nalgum lugar de nós,
abres ternuras d’água em ruas de deserto
e, cada vez mais rente
cada vez mais perto
desembainhas crisálidas a meus pés.
Voam-se borboletas livres a céu aberto
primúlas, orquídeas,
pétalas d’acácias, luas d’afecto.
Movo-me na íris menina de teu olhar
enrosco-me terna no teu colo, no teu peito…
Pressinto-te meu na desordem do corpo
(do teu corpo, do meu corpo…)
abraço-te tímida, ombros, tórax…
Com meus cabelos longos brandos brancos
bailo-te a alma em quadrigas de sons e fogo.
Enleio-me dependurada
Gota
Pérola
Chuva fina
Uma lágrima rola e toca quente a forma da tua boca.
Sem missiva sem aviso
somos, moldados um no outro, aves do paraíso.
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