Meu corpo de células de água transparente,
vinda da nascente do sol em asas de condor,
caminha pela aurora da lua ingente e brilhante;
causando revoltas tempestades de sol nos oceanos,
construindo a ponte entre a terra e o paraíso,
envolta de infernos de chamas de cinzel.
Levado pelo pecado da sede que tenho das suas cinzas
que eclodiram da fonte seca do meu coração;
sucumbo à luz do dia e desfaleço no luar da noite.
Errante caminho durante todos estes anos de vida.
Não vejo, não sinto nada, o que os devotos contam.
Só nestas palavras encontro uma morada de harmonia,
um abrigo diferente no vácuo, onde procuro refugio,
dos vapores inflamantes que corroem meu corpo,
que se encolhe perante toda a sabedoria do nada,
nos tições crepitantes e ardentes que queimam a fina teia,
com que ela bordei as nuvens, de peso inerte, do caos,
a fazer o filtro da discórdia entre a luz do sol e da lua.



Jorge Oliveira

VISITE E COMENTE O MEU BLOG

Mais poemas em:


http://afacedossentidos.blogspot.com/

<br>
Direitos Reservados
 
Autor
quidam
Autor
 
Texto
Data
Leituras
973
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 30/04/2008 16:29  Atualizado: 30/04/2008 16:29
Colaborador
Usuário desde: 24/07/2007
Localidade: BRASIL
Mensagens: 6868
 Re: CAOS
"Levado pelo pecado da sede que tenho das suas cinzas", EIS O CERNE DA QUESTÃO. PROCURE A RESPOSTA AQUI. UM ABRAÇO E QUANDO PUDER ME VISITE. NÃO ESCREVO TÃO MAL...LEDALGE