Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
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Re: ... e era da urze, o mel (Cântico da Liberdade) p/ a Liliana Maciel e p/ o Júlio Saraiva
Querida Liliana,
sempre defendi a equidade, o princípio da equidade: a cada um segundo as suas necessidades. Nada mais desigual que igualar todos, como se fossemos desprovidos de personalidade, de capacidade inata e/ou adquirida, de cultura, de necessidade fisiológicas, morais etc. Num mundo em que se arvoram bandeiras por causas "menores", esquecemos, tantas e tantas vezes que 3/4 da população do mundo não sabe ainda o feitio de uma letra ... e essa é uma das maiores "armas" que lhe podemos oferecer, que, tal como dizia o Júlio no comentário/resposta a alguém, os idosos vivem em condições miseráveis (aqui como no Brasil); que os idosos são colocados em lares sem as minímas condições e onde a sua personalidade, os seus interesses, as suas vontades são, não raras vezes, "esquecidas" para não dizer gravemente ofendidas. Que, em boa parte, tudo isto acontece porque o conceito de família se vai esfumando no tempo, porque a família tem que encarar dois e três trabalhos para se sustentar... todos precários, todos temporários ...
Pode o poeta, ainda quem, como eu não passe de uma aprendiz de poeta, calar a sua voz??? Pode o poeta omitir-se??? Não, Lili, eu não posso. O último ano, mais do que os 46 anos anteriores, me mostrou isto mesmo.
Estou em contacto diário com estas realidade. E não posso. Porque a miséria existe"!!!
Canto a Liberdade! Serei "poeta do amor", como generosamente o Júlio me chama. Mas, e acima de todas as coisas, sou alguém profundamente defensora dos Direitos Humanos! E por isso os canto!!!!
Obrigada amiga, obrigada amigo... Mel
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