Textos -> Crítica : 

NÃO VOS ABANDONAREI

 



Para que nossa palavra singre, vire semente e logo fruto,
há que dar o exemplo, em cada gesto tido.

Não nos podemos tornar levianos, igual ao Homem,
pois, poeta, tem de ser sempre maior que isso,
passando sabedoria e ensinamento, a quem o lê.

Se nos maculamos (enquanto poetas),
que pode o poeta passar, a seus leitores?

Estas as responsabilidades, que assumimos, em toda a sua
pujança: agir em conformidade, ante o que se escreve.

Claro que, a humildade, tem de andar a passo, com o poeta,
enquanto o poema nasce, só assim a palavra terá o efeito desejado.

Mas que fazer desta roupa que nos veste… Homem?

É preciso despir toda a panóplia de vícios, inerentes ao Homem,
ser verdade
no seu movimento e em suas acções, individuais ou em comunidade.

Para isso existe o poeta, que decifrando vai, costumes bizarros,
fraquezas,
que atingem o Homem, a cada momento, do seu dia-a-dia.

E, sempre, mas sempre à assiduidade fugir, preservando sua identidade,
que será a identidade de muitos, que só precisam de uma voz, que
vele por eles.

Infelizmente, as pessoas, ainda não sabem distinguir, o poeta
do Homem, e não se coíbem de tratá-los, como coisa vã.

Palavras continuam a ser levadas pelo vento… não sem antes
debilitar o Homem e o poeta, com palavras infames e ofertas destituídas
de crédito ou bom senso.

Há que fugir dos erros, chamar o Homem à razão e não cair em tentação –
Dar livre voz ao poeta.

Jorge Humberto
07/05/08


 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
714
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 08/05/2008 16:23  Atualizado: 08/05/2008 16:26
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7071
 Re: NÃO VOS ABANDONAREI
Muito bom texto, Jorge Humberto!
E essa a doutrina que eu defendo, nem sempre bem compreendida, mas como se costuma dizer, cada um é como cada qual.
Parabéns
Abraço
A. da fonseca