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NO DIA DAS MÃES

 
NO DIA DAS MÃES...
(Ivone Carvalho)


Mãe! Hoje, ao pedir sua bênção, eu me curvo para beijar suas mãos em sinal de respeito e admiração.

Essas mãos que me acalentaram, que me ampararam junto ao seu corpo, que me apontaram o certo e o errado, que acariciaram o meu rosto por tantas e tantas noites, enquanto as canções de ninar eram entoadas docemente.

Beijo essas mãos que acariciavam o seu ventre, na esperança de que eu sentisse o seu carinho, quando eu ainda esperava pelo momento certo para você me dar a luz.

Beijo essas mãos que tantas das minhas lágrimas secaram e que tantas vezes fizeram verdadeiros malabarismos a fim que os seus afazeres não perdessem a continuidade enquanto você me segurava em seu colo.

Beijo suas mãos, mãezinha, reverenciando sua imensa fé ao elevá-las aos céus rogando ao Pai para me abençoar. As mãos que me vestiram, que me deram o alimento e o banho, que mediram a minha febre como verdadeiros termômetros, que pentearam os meus cabelos, que seguraram as minhas, ensinando-me a independência.

Hoje, mãe, eu beijo o seu rosto e os seus olhos, com mais afeto e mais amor, agradecendo-lhe por ter deixado de viver sempre que sentiu que isso se fazia necessário para que eu vivesse.

Esse rosto que tantas vezes se colou ao meu, para demonstrar o seu carinho, a sua proteção, a sua força. Esse rosto que não se cansou de ficar molhado das lágrimas que os seus olhos derramaram por mim ao sentir emoção, medo, preocupação, admiração, tristeza, desespero. Lágrimas que já marcavam sua pele antes do meu nascimento e que a perseguiram sempre, porque em nenhum momento você ficou alheia à minha vida.

Beijo os olhos que me ensinaram a ver, neles, a ternura, a dor, a alegria e o sofrimento, o sim e o não, o possível e o impossível.

Hoje, mãe, beijo o seu ventre. O ventre que me abrigou, me preparando para a vida terrestre. O ventre que se deformou em nome do amor e da vida e que, disforme, simbolizou o prêmio maior que o Criador ofereceu à mulher. Disforme, tornou-se ainda mais belo e protetor. Ventre que foi admirado e respeitado por todos que conhecem o verdadeiro significado de ser mãe. Ventre que foi o meu primeiro habitat.

Beijo, hoje, as suas pernas que tantas vezes balançaram, estremeceram, se ajoelharam, quando você vislumbrou que eu poderia estar correndo riscos, perigo, incompreensão.

Beijo seus cabelos que inúmeras vezes sequer puderam ser penteados, porque eu sempre fui a sua preocupação e a sua prioridade.

Beijo o seu coração, mãezinha. Todos os dias, em todos os momentos da minha vida!

O coração detentor do mais puro e sincero amor. Do amor que não conhece o egoísmo, o depois, o individualismo. Do amor que vibra, perdoa, sofre, engrandece, estimula, apóia, incentiva, ensina. Do amor que, na sua humildade e grandeza é o mais nobre dos sentimentos.

Eu a beijo com doçura, respeito, admiração, agradecimento, amor. E a abraço com ternura para que você sinta o quanto a amo.

Que Deus sempre a abençoe, tal como a abençoou ao lhe dar o direito e o privilégio de ser mãe.

Obrigada, por todo seu amor!

 
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IVONE CARVALHO
 
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