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madrugada

 
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Soltou-se em vapor etéreo, numa nuvem de telergia.
O sangue do corpo astral, em massa gaseificada.
No cemitério deserto, a madrugada dançava.
As chamas ténues, persistiam.
Deambulavam, vagabundos espectros transparentes, por entre as horas brancas.
O vento passava de mansinho.
Espalhava o perfume doce das flores secas.
Gemia um violino.
Caiam folhas, como lágrimas.
Preenchiam notas tristes, espaços vazios e memórias.
Do que há muito se perdeu.
Um buraco, onde batia um coração.
Não há olhares, nem gestos, nem vozes.
Só passos. Silenciosos lamentos.


Inês S.

 
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JillyFall
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Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 15/05/2008 00:20  Atualizado: 15/05/2008 00:20
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: madrugada
Imagens sombrias e importantes num poema intenso e especial.

Gostei.



Amora

Enviado por Tópico
JillyFall
Publicado: 15/05/2008 00:48  Atualizado: 15/05/2008 00:48
Participativo
Usuário desde: 26/02/2008
Localidade:
Mensagens: 32
 Re: madrugada
obrigada!

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 15/05/2008 09:00  Atualizado: 15/05/2008 09:00
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3100
 Re: madrugada p/ JillyFall
Um quadro semi-negro de pura e rara beleza.

Beijo