Achaste um motivo
Nos caminhos vazios.
Achaste bela a noite
Onde nem estrelas havia.

Achaste que a música,
Sem letra e melodia,
Devia ser ouvida.

Achaste que meu sol,
Não aquecia o suficiente,
Deste-me teu sol,
Que só a ti aquecia .

Achaste no direito
De questionar a criação.

Achaste uma maneira
De rir dos deuses do povo.

Achaste como desprezar
As máquinas que me dão força.

Achaste cores
Em minhas imagens negras.

Achaste o ridículo
Nos ensinamentos,
De meus mestres.

Achaste gratificação
No escárnio.

Achaste poucos motivos
Para ser sepultado
Envolto por trapos coloridos.

Achaste a certeza da razão
No olhar de ira do louco.

Achaste o espanto
No mendigo,
Ao pé da rica tumba.

Achaste vida
Onde só a morte germina.

Achaste em meu mundo,
Minha tristeza
E tua loucura.



 
Autor
Frederico Rego Jr
 
Texto
Data
Leituras
885
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/05/2008 15:57  Atualizado: 20/05/2008 15:57
 Re: DESTINO
Caro poeta Frederico!
Seus pensamentos estão aflorados
em nome de uma procura constante!
Um pouco sombrio o poema, até mesmo
triste! Muito bom! Abçs fraternos!

Enviado por Tópico
FernandoRamos
Publicado: 20/05/2008 16:17  Atualizado: 20/05/2008 16:17
Participativo
Usuário desde: 06/04/2008
Localidade:
Mensagens: 18
 Re: DESTINO
Amigo
a força do teu poema
é gratificante para que o lê

parabens