Poemas : 

Disparo

 
Odeio-vos. Quero-vos mal.
Não estou totalmente indiferente a vocês.
Quero que sofram.
Merecem rastejar sem saber para onde.
No meio da lama e do caos.
Respiram merda. Expiram podridão.
Seres minúsculos com antenas de ignorância.
Conspiradores de actos tristes. Repugnantes.
Definitivamente inferiores.
Arraso a minha calma e senso só de
pensar na vossa existência.
Moralistas. Hipócritas. Exemplo máximo de
um povo, de uma maneira de estar.
Corrompidos pela desgraça
iludem-se com estatutos.
Salvaguardam os corpos e réstias de alma
com rituais dominicais enganadores.
Mas não estão sós,
há mais exemplares dessa vossa espécie mesquinha,
consumindo agentes poluidores mentais.
E não se cansam.
Dependentes de uma independência lirica.
No bilhete de identidade os anos passam.
Mas na cabeça cada vez mais escassam.
Protegem-se. É normal.
Mesmo na desgraça não querem tar
sozinhos.
Pois, como devem saber,
De mim,
Já só verão a sola
do meu sapato.


Vasco pompaelo*

 
Autor
Vasco Pompaelo
 
Texto
Data
Leituras
656
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 23/05/2008 10:44  Atualizado: 23/05/2008 10:44
Colaborador
Usuário desde: 24/07/2007
Localidade: BRASIL
Mensagens: 6868
 Re: Disparo
ACREDITO QUE ESSA HIPOCRISIA DO MUNDO É MESMO ODIÁVEL. GOSTEI DO QUE LI.BJ

Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 23/05/2008 20:03  Atualizado: 23/05/2008 20:03
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1910
 Re: Disparo
Nossa quanta raiva. Tens razão em parte
Mas você os ofendeu demais, chamando-os
de VOÇÊS, com cedilha.