CACOS DE VIDRO

Oi Núria!
Pois é um poema bem velhinho. Eu não mexi. Deixei como saiu quando foi publicado, inclusive se você reparar, as sílabas não estão contadas direito.Pensei em re-escrevê-lo (escrevi segundo a nova ortografia - re-escrever, pode?). Mas achei melhor deixar como está. Perderia a originalidade. Eu gosto dele. Já completou maioridade.

Afeto,

Júlio

Olá, Angêla!

Obrigado pelas suas palavras. Este meu poema, não quis classificá-lo como soneto, porque as sílabas não estão contadas direito: há versos de sete, oito e até mesmo dez sílabas. Eu sou um pouco chato com relação a isso, tanto que pensei em re-escrever (escrevi re-escrever, já obedecendo as normas da reforma ortográfica, veja que bobagem), mas achei melhor deixar como está.O poema já tem dezoito anos. E foi publicado assim no meu primeiro livro. Daí acabei por bem não mexer.

Afeto,

Júlio

Querido Amigo,

Já estava saudoso dos seus comentários. Ontem li um texto lindo seu de exortação à natureza, coisa que o homem faz questão de matar dia a dia. Obrigado por suas palavras, sempre gentis. Este meu poema já completou maioridade. Pensei em re-escrevê-lo (escrevi re-escrevê-lo, já obedecendo as normas da reforma ortográfica, que passa a vigorar a partir de janeiro, veja que bobagem).

Um abraço e um beijo no coração da Ásia.

Júlio

Margarete,

É impossível não ficar emocionado e envaidecido com um comentário como este seu.Trata-se, é verdade, de um poema antigo, que já completou 18 anos. Não o classifiquei como soneto porque as sílabas não foram contadas corretamente. Pensei mesmo em re-escrevê-lo (escrevi re-escrevê-lo, veja que bobagem, porque, segundo o tal acordo ortográfico, é assim que deverá ser). Mas acabei por deixar o poema, conforme a versão original. Não quis machucá-lo. Obrigado, de coração, por essas suas palavras tão delicadas.

Afeto,

Júlio

Ainda bem que não o alterou porque está genuíno e isso dá-lhe brilho, em relação ao acordo ortográfico não vale a pena minhas lágrimas correrem por algo que não faz sentido nenhum.
Sabes meu bom amigo, hoje sinto que não sou poeta, não sou escritora e sem ser uma dessas duas coisas não sei absolutamente nada e dói. fecho a porta atrás de mim e desenho os meus rascunhos num diário tosco que o adeus me ofereceu.

Beijo*

Sabe, Margarete, essas crises são comuns. Eu também tenho lá as minhas. E, no fundo, até fazem bem, porque nos fortalecem. Ou liquidam de uma vez. Um amigo meu poeta, bastante querido aí em Portugal - ele tem publicado muito pela Universidade de Coimbra, onde tem amigos -, chama-se Álvaro Alves de Faria (vc pode encontrar coisas dele no google, tem poemas lindos que vc vai gostar, tenho certeza, por causa do estilo), num dos seus livros, dedicou um poema a mim, que diz: "Ando sempre com a sensação/de estar à beira de um colapso./Mas sei que isso faz parte/dabrutalidade cotidiana/Enquanto não dou um fim a tudo,/me submeto à própria/vontade de existir/como se tudo fosse normal."
Não ser mais poeta é relativo. Você tem quilômteros de poesia pela frente. Não há poeta sem sofrer, dizia Vinícius de Moraes. Eu, aos 52 anos, é que não sou mais poeta. O que escrevo são apenas memórias de mim mesmo. Depois dos 50 anos, a gente já começa a contar os dias. E o que vai para o papel, para a tela, são apenas tropeções do passado.

Júlio

Meu Irmão-Poeta,

Seus comentários fazem-me muito bem. Não preciso dizer da admiração que tenho pela sua alta poesia. Quanto à Academia de Letras, pelo menos a daqui do Brasil, fuja dela. Com algumas exceções, virou um covil de picaretas. Às vezes dá até arrepio.

Abraços,

Júlio

Pôxa, amigão, você some! Não tenho recebido mais seus e-mails. Sinto falta de notícias suas. Agradeço ao seu comentário. E, por favor, não esqueça do amigo aqui.

Abração,

Júlio

Olá, Betha!

Bom saber que você gostou. E como sei que você trabalha com crianças, melhor ainda. De fato, este poema, que eu não classifiquei como soneto, uma vez que as sílabas não foram contadas corretamente, é, de fato, lúdico. E já completou maioridade. Eu o publiquei no meu primeiro livro, aquele que seria lançado junto com o Ruy Barata, em 1990. Que bom que ele continua atual.
Afeto,

Júlio