Enaltecido o cio materno,
Nobre valor de mulher
Têmpera que o desejo exausta,
Razão que a vida requer,
Amor vilão, eterno.
Nubentes virgens cantadas
Ouvem-se em choros, fecundadas.
Hiatos que o tempo esquece,
Últimos suspiros da vida
Marafaia que os embala,
Ignorância que os cala
De divina comédia acometida,
O ódio que permanece.
Exulta-se a voz do desespero.
Veneno que desfaz a vontade
Assombra este vulto cadáver,
Idolatra insana vaidade.
Seco deserto de iras vivas,
Engenhoso arengar das divas.
Àvido cucar do vento.
Crispam-se sombras alvas,
Os segredos da terna voz
Recortam-se em longos ecos
Trilhados por semblante atroz,
Epos de torpes papalvas.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma