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Porteira

 
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Ao passar por aquela porteira, senti minha terra mais perto de mim,
Eu confesso que era o meu sonho rever a fazenda onde eu me criei.
De emoção eu estava chorando porque minha angústia chegava ao fim,
Eu não via chegar o momento de abraçar meu povo que um dia deixei.

Que surpresa cruel me aguardava ao ver a fazenda que se transformou,
Os amigos que aí permanecem se mudaram tanto que nem reconheci.
Quase todos daí foram embora e a velha colônia deserta, então, ficou,
Os que ficaram não me reconheceram, pois com tempo eu envelheci.

E você, minha velha porteira, também não está como outrora deixei,
Seus morões pelo tempo corrido, já bem carcomidos, eu os encontrei.
Já não ouvi as suas batidas e o seu rangido muitas lebranças me traz.

Porteira, passaram–se muitos anos e a saudade me obrigou a voltar,
Porque aqui nesta cidade, a felicidade eu nunca consegui encontrar
E hoje, você é saudade do bom tempo de infância que não volta mais.




verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/06/2008 20:28  Atualizado: 01/06/2008 20:28
 Re: Porteira
Parabéns, Abraço