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Um caminho apenas... em frente...

 
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Como descrevo amor se não, o tenho na minha vida
O meu amor, sempre foi uma colecção da despedida
Cada relação tão dura e tão sofrida
Pessoas por quem eu dava a minha vida
Que frase tão dura de se escrever
A tinta molha com as lágrimas que estou a verter
Que fiz, que fiz eu para merecer
Cada uma das relações, cada uma me fez sofrer
Cada uma, foi uma experiência de viver
Cada uma, foi uma, como nunca mais vou ter
Sofro de me dar completamente
Erro ou virtude, não sei sinceramente
Papel já molhado, perdi o que escrevi
No meio de tanta perda, custou perder-te a ti
Pausa, esta custou mesmo a escrever
Insistiu em não se dissolver, com a lágrima sobre ela a abater
Todos dizem, que temos uma alma metade, alguém nos destinado
Eu digo não, a puta do destino é que está errado
Tal como eu, agora estou tão revoltado
Se isto é o amor, eu quero já ser exilado
Preciso de alguém, preciso de descobrir o verdadeiro amor
Pois até hoje este veio conjugado com a dor
Mas realmente, já tenho tanto medo de amar
Tenho medo das marcas que esta palavra possa deixar
O coração bate fraco pelas marcas que angariou
O coração bate fraco, quase se silenciou
Relógio toca, traz a noite tão sombria
Tenho medo de adormecer e nunca mais ver a cor do dia
Nunca senti, realmente nunca sentia
Preciso da tua força, preciso da tua alegria
É nestas alturas que vejo o valer da amizade
É nestas alturas que magoo quem se preocupa na verdade
Amizade, palavra mais pura que existe
Amizade, essa que para sempre persiste
Desculpem, a toda a gente que de algum modo deixei triste
Desculpem, se é este meu modo e se é ele que persiste
Sei que não necessitam de desculpa, mas tenho a obrigação
Obrigado pelo empurrão sempre que pisei o chão
Com o passar do tempo todo este caderno fica riscado
Duas páginas passaram, deixaram o significado
Borrado de todas as lágrimas que verti
Borrado todo o sentimento que senti, morre aqui
Desabafo no papel, local onde fica imprimido
Local, que por ser tão grande foi resumido
Poema, de palavras sem sentido
De tanto sentimento assim foi definido
Vou, o poeta que já devia ter ido
O poeta morto, embora não ter morrido
Para todos vós que não intendem, são palavras sem sentido
Para os que sentem são ensinamentos de um movido
Não sou poeta, muito menos sou escritor
Hoje sou Eusébio, Vigilante foi com a dor
...

 
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Vigilante
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/06/2008 20:38  Atualizado: 01/06/2008 20:38
 Re: Um caminho apenas... em frente...
Apreciei. Parabéns, Abraço