Poemas : 

Coisas de um clister habitual

 
O ardil,
o cónico funil,
a feitura feiosa,
a feiura ardilosa
do sacana do hábil
foi obra extremosa
sem arte nem móbil...

mas que diarreia generosa,
aquela que lhe saiu.

Sem olhos na nuca,
era difícil focar
o que atrás se entronca
num corpo que não sai nunca
com pés de andar
ou asas para voar.

E pronto!
Desalinhou-se o tonto
que confiou num compadre
todo solto de comadre
que lhe segurasse a vontade.

Eis que se enchem recipientes
atacados até aos dentes
de perfumada trampa
que teima em não ter campa
onde deitar as costas
ou as primas bostas.

E lá vem mais um ardil,
uma peta de Abril,
para aconchegar a sede viva
de um gozo que não se priva.

Valdevinoxis



A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
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Valdevinoxis
 
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