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A INSENSATEZ!

 
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A nossa vida seria um “Mar de Rosas!” não fossem os afogadiços cerceando e, asfixiando, os nossos pensamentos e locomoções pelos caminhos da nossa existência. A nossa maior insensatez é, exatamente, termos de conviver com os Absurdos inconseqüentes, sem termos como evitá-los e/ou, deixarmos de, com Eles, compactuarmos, numa abulia de ausência de vontade de admiti-los como venais.

Se praticarmos o alheamento dos absurdos que nos “bate às portas”, na certa, seremos considerados como aves fora do ninho quando, então, sofreremos as conseqüências do descaso ou, desmerecimento dos demais, vítimas dos opostos ao bom senso, portanto, insensatos, se vangloriando de “Donos da Verdade!”

Circungirar, evitando o cerne dos absurdos, é uma missão dificílima e, dependerá da capacidade plena do “navegador”, em girar em torno dos insensatos, sem se imiscuir com os seus atos, porém, também, sem se ufanar de não se entregar nos seus ditames inconvenientes, portanto, se mantendo na sua linha de conduta moral e, apenas, participando sem participar... Integralmente! Uma vez que, desafiar os absurdos lhe traria uma súcia dos seus defensores, o espezinhando ante os demais, como se Eles fossem os eméritos e, você, um reles discordante e/ou... Subversivo!

Os Absurdos estão em um número tão imensurável que, ao nos referirmos a Eles, teríamos de sermos sucintos ao máximo, pois, para generalizá-los, precisaríamos de milhares de folhas de papéis, tempo disponível para relatá-los e, para serem lidos. Dessa forma, direi apenas algumas dessas insensatezes, me aludindo, tão somente, a eventos comigo transcorridos ou, que Deles tenha tomado conhecimento, a saber:

—Nos, como particulares, termos que pagar iluminação pública, além da fornecida para a nossa moradia.
—Pagarmos o esgoto, quando, o que leva os detritos, é, exatamente, a água da nossa residência, paga, mensalmente por nós.
—Pago, por décadas, o meu telefone para a Telemar, “OI” e, até hoje, não consegui acessar a Internet, o que venho tentando, junto ao “Velox”, há mais de três anos, sempre me respondendo que é falta de posição da minha residência, mas, ao redor Dela, chegam vários fios de ligação com a Velox.
—Há regulamentos esdrúxulos que não tem punição para os ditos “Superiores” e, até afirmam que o Superior não mente! Como se a Verdade tivesse um cargo excepcional ou, patente como definição preferencial, a não ser, a de... oposta a Mentira!
—Se “Nada consta!” por qual razão temos que pagar por Ele, nada constando?

Não vou me aludir aos vocábulos: Religiões/ Polícia/Justiça/ Leis/ Crimes/ Multas/ Impostos e, muitos outros! Para não ser repetitivo. Se alguém se interessar, além do que relatei, é só ir ao Site www.usinadeletras.com.br login: Escriba e, acessando, verá dezenas de textos análogos.

Nota: Escrevo um texto por dia, embora, seja um... Empírico!

Apresento-lhes uma poesia (inédita), de minha autoria, alusiva ao texto acima:

Oh, quanta lamúria
Neste vale insano,
Glebas de penúria
Num mundo tirano!

Seres sob desdita,
Afoitos, carentes,
Humanidade aflita
Absurdos pendentes!

Oh! Cegos lamentosos
Tolhidos de bondade,
Olhos vis, enganosos,
Sepulcro da verdade!

As dicas da fortuna
Têm logo seguidores
E, em hora oportuna,
Castram os valores!

O Absurdo governa
Em todo recanto,
A mentira supera
O temor do pranto,

A insensatez aflora
Do lodaçal da ira,
Ela, ao bem, explora,
Usando a mentira!

O Absurdo é premiado
Em farras de bacanal
Pela escória dotada
De instintos do mal.

O dia fica amordaçado
Na cripta da sujeira,
Seu valor é triturado,
Sua luz é passageira.

A luz da verdade pura
É tímida e constante,
Não brota na secura
Da alma do farsante,

Ela só é alimentada
Por amor e bondade,
Ficando sedimentada
Se não houver castidade.

Sebastião Antônio Baracho
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31)3846- 6195 (Novo)

 
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S.A.Baracho
 
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 19/06/2008 15:15  Atualizado: 19/06/2008 15:15
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Mensagens: 4098
 Re: A INSENSATEZ!
Sebastão, confesso que lendo o texto pensei que estivesses a falar de Portugal, tais são as semelhanças... Político está visto que é igual em toda a parte do mundo
Gostei do poema, numa clara alusão ao texto e muito imaginativo.

Beijinhos