Não! Eu jamais terei rédeas!
Não tenho limites, me limito a dizer não!
Não vejo os oráculos...eles me vêem
Não vejo mais a trava das ilusões...
A minha escrita é mundana!
Não tem pudores, nem fronteiras!
Não me diga não...não me contenha!
Nasci da mesma costela de Adão
Que tem em mim a solidão
O pecado a furar suas vísceras
Quebrei teu óculos com socos
De poesia e instinto
O meu signo é fugaz, não redentor!
Não tenho medo do escuro
Durmo numa redoma de prazeres
E tenho a sede das grandes paixões
Mulher e mito?
Diria mais, mulher vidente!
Os teus passos todos eu descubro
E rio das artimanhas!
Antes que eu me esqueça!
Não tenho rédeas nos meus escritos!
(Ledalge, NÃO TENHO RÉDEAS)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)