Poemas -> Amor : 

Quimera

 

Quimera

Planara minha alma, e a noite era estrelada,
Sentara-se a cornija de um prédio altaneiro
E vendo a curva horizontal do orbe inteiro,
Chegou-se ali a mim, tua lembrança minha amada.

Poucos cirros havia então, e qual gentil manada,
Tangidos pela brisa seguiam sempre em frente,
No horizonte distante, raios ao ocidente
Sem ouvir-se no entanto os sons da trovoada.

As estrelas cintilando em confissões cifradas,
Em códigos naturais nunca antes desvendados,
E os ventos circulantes criando nos telhados
Sons guturais que nos lembram as almas penadas.

Se tu sonhas como eu, onde estarão guardadas
As chaves do secreto claustro onde te encerras?
Por que não foges e vens comigo sobre a terra
Flutuar entre as nuvens em noites estreladas?


me


Mestre Egidio

 
Autor
mestre Egidio
 
Texto
Data
Leituras
989
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.