Poemas -> Amor : 

Dália Mar de Fogo

 
Acesa a fogueira na Via Láctea d'areia,
no manto dos Deuses, na Lua Cheia,
na praia antiga em procura de Luz...
Corpos perdidos do halo e no brilho,
de tão perdidos se encontram em chamas.
Mordidas, no fulgor das Almas.
(E da fogueira emergem
em espirais de lume e de Vida).

Seres que se esgotam, se elevam em gestos ...
Se elevam em instintos ...
São feras em espera, retidas em crepes
de vaga e de lava ...
Do azul do Mar, todos os matizes...

Envoltas no preto negro da fuligem do Tempo...
Na ardência, exaltação,
multipétalas,
azuláceas Dálias, se misturam, se fundem...
São enfatuação, são unas Almas!
Cântico-Oração.
Borbulham(se) no calor líquido do lume
que, sem piedade, tudo consome.
Flor do Amor, Dália esquecida,
tecida em dobras de antigas Vidas ...

Palavras calas,contidas,
sustidas, na boca coladas,
Sonhos... quimeras, alongadas esperas ...

Acesa a fogueira no Vale do Ser,
n’areia branda ao Amanhecer,
as Almas se expandem, na bruma da Noite.

São dúvida, incerteza, são ambiguidade ...
E saudade ...
E certeza ...
De serem, do outro,secreta metade.

Sobre a luz da fogueira,
sobre a própria chama, se encontram, se amam.
No fogo!
São dor que o próprio corpo ...
Louco, reclama!

São o Devir de um Tempo Novo!


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Autor
Mel de Carvalho
 
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