Olhos de dor, que sejam os meus olhos,
Filtrados por manhãs de orvalho e tristes,
Mas se o amor é rochedo, em mim resiste
A flor sobrevivendo, revel de escolhos.
Olhar de amor, em terra outonecida,
Cor de saudade e esperança ao por-do-sol,
Como barco pequeno errando o sul,
Nunca perdendo a luz que lhe dá vida.
Por penhor meus olhos devem direitos
Aos poemas que teço, em sentimento,
E aos filhos que entesouro nos meus braços.
Assim meu olhar prenda, em nós e laços,
Os olhos que me são farol e alento
Bonança, liberdade, e Amor Perfeito!
Teresa Teixeira