Sonetos : 

Aceso

 
Aceso

O meu olho triste saiu sem escolta
Até encontrar com o teu ali parado,
Distraído.ficou.vesgo dando volta,
Torcendo firme para ser capturado.

Fitou todo o corpo teso em torno,
Viu o negro esvoaçar do teu cabelo,
Da boca balbuciou feito um forno,
Como um tolo que solta fogo no pêlo...

Vinha há dias já sem conquista,
Sem querer talvez se perturbar...
Nem deixar a dor no peito à vista.

Mas agora possui novo conforto,
O fortuito encontro naquele bar,
Fez-lhe acender este olho morto...


Nina Araujo.


O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...

 
Autor
NinaAraújo
 
Texto
Data
Leituras
690
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 02/08/2008 13:05  Atualizado: 02/08/2008 13:05
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: Aceso
Nina,
Belo soneto, que bom que esse olho já está de novo aceso.
Beijos
Nanda