A chuva cai como lágrimas para meu coração que não chora
Lava a alma e leva consigo uma época de outrora
Na noite, nem tão fria, meu peito arfa ao som das gotas D'água
Que por ti, tão perto e longe o tempo chora lá fora.
São tantos dias que são tão poucos,
o tempo passa arrastado
voando em minha cabeça, me deixa louco.
Vazia, alma que permanece trancafiada
Vislumbro-a sentada, lá fora, calma
Rindo, feliz, apesar da hora.
É madrugada, o tempo não passa
voam-se os dias que você foi embora,
Fica o vazio, sedado.
É, meu coração, um barracão abandonado,
para abrigar-me da chuva caiu,
Já faz tempo que você partiu, um coração,
Vazio. E não me faz falta. Consola a chuva
pois o vazio ficou, pois não houve alguém
que a luz, à chuva da noite escura, religou.
Oh ego Laevus!