Embalo-me no berço aberto do momento.
Frutos de pedras rolam ao sabor do sentimento
emergem do sopé da serra as flores esquivas
e lá longe, sobre o vale aberto reflorescem as urtigas.
Agora sou árvore; Agora sou rio, sou esguia Garça!
Agora sou eu mesmo o próprio ventre que dança
sou o bibe oferto de uma pequena criança...
Elevo os braços.Tu chegas. Circundas-me a Alma.
Rodopias ao sabor veloz da música que no silêncio
nos vem de dentro.
Agora somos árvores paralelas.
Abram-se então de par em par as janelas.
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