Poemas : 

Estranha Dança (II)

 
Embalo-me no berço aberto do momento.
Frutos de pedras rolam ao sabor do sentimento
emergem do sopé da serra as flores esquivas
e lá longe, sobre o vale aberto reflorescem as urtigas.

Agora sou árvore; Agora sou rio, sou esguia Garça!
Agora sou eu mesmo o próprio ventre que dança
sou o bibe oferto de uma pequena criança...

Elevo os braços.Tu chegas. Circundas-me a Alma.
Rodopias ao sabor veloz da música que no silêncio
nos vem de dentro.

Agora somos árvores paralelas.
Abram-se então de par em par as janelas.


MT.ATENÇÃO:CÓPIAS TOTAIS OU PARCIAIS EM BLOGS OU AFINS SÓ C/AUTORIZAÇÃO EXPRESSA

 
Autor
Mel de Carvalho
 
Texto
Data
Leituras
857
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
goretidias
Publicado: 08/05/2007 18:06  Atualizado: 08/05/2007 18:06
Colaborador
Usuário desde: 08/04/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 1237
 Re: Estranha Dança (II)
Abram-se então! Entrem todos os sentimentos às catadupas!
Um beijo