Crónicas : 

Coisa do sertão, coisa de Lampião

 



O povo diz — mas no tempo de Lampião era assim… —

Eu por acaso vi outro dia na televisão, sua neta e herdeira da vasta informação que compõe a biografia do avô, falar que grande parte do que escrevem sobre ele, não tem o teor da verdade.

O que se sabe é que era um tempo difícil aquele no sertão… e, embora exerça em nós, um certo fascínio a história de amor do “capitão” com sua Maria Bonita, aqueles eram momentos duros da história, o cangaço e os jagunços, a vida e a morte muito próximas dos homens e mulheres que viviam estes fatos.

A saga do lendário Virgulino Lampião e seu jeito de sobreviver na clandestinidade, as marcas de violências que ele sofreu ou impôs, desencadearam filmes, contos, músicas, cordéis, livros e temas que se possa fazer dele.

No tempo do jagunço

Cada esquina era tocaia

A nuvem era rezadeira

O cabra ciscava a raia

Valente vestia a saia

Porque pondo a coisa à toa

Um peito vira canoa

Vendo quando a bala voa

Tomando reta encrequeira

No tempo do jagunço

Lampião era odiado

Também era idolatrado

Tinha muito cangaceiro

Cabeleira Antonio Silvino

Jesuíno, Sinhô Pereira

Corisco, Lucas da Feira

Tudo cabra e cartucheira

Rodando o sertão inteiro



Nina Araújo




O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...

 
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NinaAraújo
 
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 13/08/2008 22:55  Atualizado: 13/08/2008 22:55
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Usuário desde: 14/08/2007
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Mensagens: 11076
 Re: Coisa do sertão, coisa de Lampião
Nina,
Essa tua composição é o máximo, também fazes a música é?
Adorei, com a jagunçada toda, isso é que eram tempos ruins por ai.
Bjs
nanda