Poemas : 

ORAL

 
Rezo. Mentecapta. Abismada. Segregada!
Rezo. Emancipada dos trejeitos
Sou a escória dos conceitos
Rosto que cora como roupa no varal...
Rezo. Lá um páraco me espera...
Poesia íntima todas as horas
Sem pecado e penitência
Oro aos oráculos pela paz
Subo à montanha da sorte
E lá, estás de braços abertos
Com aquela nossa canção nos olhos
E no corpo: Ó MEU DEUS, QUANTO MILAGRE!


(Ledalge, ORAL)


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
764
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
17 pontos
17
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 16/08/2008 10:31  Atualizado: 16/08/2008 10:31
Colaborador
Usuário desde: 13/10/2007
Localidade: São Paulo- Brasil
Mensagens: 4206
 Re: ORAL p/Núria
Minha irmãzinha,

mais uma vez insisto: acho que sua poesia cresce - e muito - quando você a deixa correr livre das formas convencionais. para ser claro, quero dizer o soneto. estou sendo o mais honesto possível no meu comentário. e se o faço é porque admiro a sua poesia. acho interessante que você goste de florbela, francisca júlia e até auta de sousa. mas um talento como o seu não pode ser desperdiçado no mofo passadista. eu até faço sonetos, mas não me apego a eles.se você percebeu, ultimamente tenho procurado usar até nos sonetos uma linguagem debochada. quer fazer sonetos? pois faça-os. não sei se você conhece o poeta pernambucano carlos pena filho. pena que ele tenha morrido cedo, do contrário seria um dos cinco maiores poetas brasileiros. foi quem deu cores ao soneto. e modernidade também."Rosto que cora como roupa no varal." Veja que imagem linda. Que poema belo, livre de flores, luas e estrelas. aquelas estrelas chatíssimas que só Bilac ouvia, com ouvidos surdos e moralistas. não sei se devia estar-lhe dizendo estas coisas às vésperas do lançamento do seu livro. se cometo o crime de ser verdadeiro, perdoe-me. nada tenho contra as formas clássicas, repito. mas é tão bom vestir o poema com uma calça jeans rasgada: "Ó, meu Deus, quanto milagre!"
Deste que muito a admira,

júlio

ps: um beijo em você, no arão e nas crianças.



Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 11:29  Atualizado: 17/08/2008 13:53
 Re: ORAL
OS MILAGRES SÃO SORTE NO MUNDO E OS DEVEMOS A DEUS.
DEUS É O ESTUDO PERFEITO DO TEMPO E ESSE É O MILAGRE DE DEUS.
A PAZ NÃO É UM BEM NECESSÁRIO MAS UM BEM PASSAGEIRO POIS SE ACABA E ISSO SIGNIFICA O TOPO. A CALMARIA NO MUNDO.
É DE ORAR PELO MUNDO TODO E ESSE CONSTITUI O SEU POEMA. LINDO DE VERDADE.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 12:28  Atualizado: 16/08/2008 12:28
 Re: ORAL
A tempos digo a vc, minha amiga, que adoro qdo vejo vc escrever com essa liberdade. E lendo o comentário do nosso querido Júlio, só posso assinar em baixo de tudo o que ele disse a vc. Mas, desejo acrescentar que vc é uma escritora completa, pois sua alma poética é ilimitada de acordo com a inspiração que vc recebe a cada segundo, que bem o sei. Bjo amiga ariana.

tua fã hj e sempre


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 13:18  Atualizado: 16/08/2008 13:23
 Re: ORAL
Oi Núria
Achei simplesmente lindo este poema!
E sem entrar em questões técnicas, repito:
É lindo!!!!!!!!!!!
E quem quiser que retire a mensagem, acho que é meio por aí!
Dos mais lindos...
Bom fim de semana!
Um beijo
Dill


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 15:01  Atualizado: 16/08/2008 15:01
 Re: ORAL P/LEDALGE
ESTIMADA AMIGA E ILUSTRE POETISA FLORBELA LEDALGE.

BEM DESTA VEZ ESTE SEU BELO POEMA ME VEIO DAR VOLTA A CABEÇA, POIS HOJE NÃO TENHO ANDADO LÁ MUITO BEM, COM UMA DOR, NÃO DE CORNO, MAS SIM DA CORNAMENTA, MAS AQUI VAI O MEU SINGELO COEMNTÁRIO.

"SOU A ESCÓRIAS DOS CONCEITOS, ROSTO QUE CORA COMO ROUPA NO VARAL" FICO-ME POR ESTAS LINHAS, QUANDO SE É ESCÓRIAS NÃO SE CORA, MAS SIM RI DOS OUTROS DE UMA FORMA MALDOSA E MÁ, NÃO É O CASO PRESENTE, PORÉM, ORANDO AOS ORÁCULOS DA PAZ, VAI SUBINDO À MONTANHA DA SORTE, E LÁ DE BRAÇOS ABERTOS, TAL CRISTO REI, VÊ TUDO O QUE A RODEIA E A SE DEIXA AMADA SABENDO AMAR.
UM BEIJO EM SEU TERNO CORAÇÃO


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 15:22  Atualizado: 16/08/2008 15:22
 Re: ORAL
«oiro da noite
[...]
língua de fogo

rogai por nós

Domingos da Mota

DM


Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 16/08/2008 16:02  Atualizado: 16/08/2008 16:02
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4038
 Re: ORAL
Entre o pecado e a oração saiu um bonito poema.

Bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/08/2008 16:58  Atualizado: 16/08/2008 16:58
 Re: ORAL
Querida Núria, até que concordo com que nosso querido Julio escreveu (li só o comentário dele, por ser longo então me interessei), mas acho que os sonetos é uma técnica peculiar de alguns poetas, nem que outro tente escrever, não sairá com tanta maestria e desenvoltura com que Ledalge faz, mas concondo com ele qd diz que ao escrever de forma menos convencional, sem a intenção de seguir conceitos! Bem para mim tudo que escreve é adorável, sou tua fâ e não abro! bjs