Crónicas : 

Icaraí

 
Icaraí





Ah,querida e acochegante Icaraí ...

Do ganso Pepe no Campo de São Bento, onde os versos saem soltos emaranhados naquele verde ainda portentoso e belo.

Seus patos, socós, marrecos,curiós à solta me deixam plena...

E como deixar de lembrar da casa que abriga a galinha branquinha, ciscante pelo quintal, e pasmem...melhor amiga do gato da casa, que vive preguiçoso pelo muro conversando com a gente.

Desde o dia que ali cheguei pela primeira vez, ainda titubeando curiosa, percebi que seria definitivo o meu amor por este lugar.O Mac com traços de Niemeyer me conquistou definitivamente, a agenda cultural da Uff ,a tapioca que eu quase não achei na feira do campo,até os saraus do Ponto Org, onde já foram lidos versos meus,eu tenho na lembrança sem ainda conhecê-lo.

Sei que se depender de mim, ainda serei daí, Icaraí. Não pela sua praia,-que aqui também tenho- mas pelo ar que o seu mar entranhou na minha veia poética. E pela gente de suas casas.

Como esquecer da dona Marta que sabe tudo de novela e de cinema clássico ou não, que faz amizade com os donos de sebos e troca livros que formam sua cultura tão geral e encantadora, fazendo dela um dos melhores papos que conheci e jamais vou esquecer.

E as rosquinhas? Como esquecer aquelas de todos os tamanhos na padaria onde as pessoas se encontram para o cafezinho da manhã ou tarde.

Eu estou inteiramente impregnada dos versos que se formam aí, Icaraí !!





Nina Araújo.


O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...

 
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NinaAraújo
 
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