Poemas : 

ESPAÇOS MORTAIS

 
Dos espaços internos de minh'alma
Vejo pelas ruas estanques sentidos dilaceram as horas,
Conceitos invertidos confundem minh'aura
e as cores se mistruram de anciedade e conflito...
Reproduzem intranquilo silêncio
Que sufoca em agonia pausada,
Entre peças e jogos de vida,
Em meio a ilusão que desvertebra
A criação e a criatura incauta...
São sombras dementes,
Vultos doentes, sementes amargas
Sem raiz, descrentes,
Que ferem e ardem
Aramada resitência
Que s'estrangula e cala
Corroendo trilhas insólitas,
Deformando caminhos sem volta,
Impaciente frio cortante,
Que vigorosamente mistura o medo e o cio,
Desfaendo os sonhos d'outrora,
Num presente triste vazio.

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O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.


Mônicka Christi


 
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Mônickachristi
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/08/2008 22:11  Atualizado: 31/08/2008 22:11
 Re: ESPAÇOS MORTAIS
Poema muito denso a requer uma leitura muito atenta. Beijinho,

Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 02/09/2008 11:43  Atualizado: 02/09/2008 11:45
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: ESPAÇOS MORTAIS
este poema, para mim,
parece ser catarse, uma viagem
ao âmago do seu ser
a fim de que possa compreender e confrontar
seus fantasmas mais viscerais. no entanto,
ao mesmo tempo, visualizo uma aura
niilista afagar-lhe o corpo da poética.
sua poesia, afinal acachapa, tolhe e faz sucumbir
a superficial semântica da tristeza,
esventrando a simplicidade da dor,
nos levando a nichos mais profundos.