Queria ser pedra da calçada

Liliana,

Há no poema a expressão de um desalento "crónico" amparado à resiliência, quase resignação, de que o que é bom é episódico comparado com a inércia infinita (embora só aparente)das pedras.
A poesia é a inteligência que se abeira sem triunfalismo vaidoso da singeleza, também bela, das coisas mortas.
Gostei.
Bjs.

Queria ser chuva miudinha
para emblezar-te nos caminhos que percorres...
sempre em cima e em baixo...
cristalizar os sonhos de uma calçada qualquer à beira do abismo
E dizer-te que me junto a ti nestes tempos e contratempos

Passei só para deixar um beiji Linda

Dolores

Poema muito bem construído e de ritmo muito vivo e agradável. Existir não é o mesmo que viver!Beijinho.

Eu tenho um poema cujo título é: "A pedra da calçada do chão que me guia a casa".

O teu poema diz-me muito.
Está bem escrito.

Sempre que vejo a careca do meu pai, reluzente ao Sol, lembro-me de pedras da calçada,tão gastas e polidas que reluzem...

Gostei

Beijo.

Liliana

Belo momento... cheio de simbolismos

Os meus parabéns

Bj
Luis

Remete-me para a prosa deliciosa do Pr. António Vieira que em "o estatuário", de uma pedra feia e bruta encontrou razões para a colocar num altar.
Mto bonito

Um Beijo

Querida amiga e ilustre poeta Liliana Maciel.
Uma poderosa metáfora que se repete na ênfase sagaz da crítica e da busca de si mesmo, no contexto da desigualdade social e densidade espeiritual.
Próximo, junto, adsorvido (quase dentro, porém do lado de fora) às pedras há um solo jovem e rico em nutrientes.Prontinho para tornar tudo muito colorido e belo.Este solo jovem tbém é constituido de pedras, numa dimensão bem diferente, onde está situado o limiar da vida, e
que emociona no renascer para o existir. Parabéns.

Eu recomendo como favorito.

bjs

Ibernise

Essa pedra
não é inerte,
não é gélida,
tem o quente sabor
do sol,
e os afagos da lua.
Pedra viva.

Belo poema.

DM

Queria fintar a liberdade
Da essência de ser leitura
Que se proclama pela eternidade
E bebe da calçada inebriante loucura.

Belos versos que passeiam na calçada da existência... Um querer que se faz escrever na imensidão da humanidade... Parabéns...

Natália Bonito

http://www.estradasrepletas.blogspot.com/

" Ah! como queria ser pedra da calçada
gélida, inerte… e só, simplesmente existir…"

Bela reflexão, amiga Liliana!

Mas, você é muito mais que uma gélida pedra!

Tem muita emoção, muito amor para ofertar...

Beijo carinhoso,

Ailton