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ENFRENTAMENTO

 
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ENFRENTAMENTO
(Jairo Nunes Bezerra)

A morte de mim se aproximou!
Veio calmamente à aproximação da manhã...
Quase me levou!
Forte, porém, foi a minha reação!

Ela surpreendeu-me nas altas horas...
Hipnotizou-me e deixou-me adormecido.
Acordei... Reagi e não fui embora...
Fiquei, porém totalmente enlouquecido!

Deixara-me inerte com um violento refluxo,
Para morte o grande impulso,
Transformação da matéria!

Água com adição de limão ingeri com rapidez,
Com ânsia e avidez...
Enfraquecendo a ativa solução biliosa!

E aqui ao romper da aurora,
Recuperado, já sorridente e sem demora...
Postergo àquela situação desastrosa!




 
Autor
Jairo Nunes Bezerra
 
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 19/09/2008 12:07  Atualizado: 19/09/2008 12:07
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: ENFRENTAMENTO
Jairo,
um sonho de morte que muitas vezes augura uma vida longa, tal como no acordar já completamente regenerado.
Bjs
nanda

Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 19/09/2008 15:57  Atualizado: 19/09/2008 15:57
Colaborador
Usuário desde: 11/09/2007
Localidade:
Mensagens: 4246
 Re: ENFRENTAMENTO
VAMOS A VIDA MESTRE, VIVER E VIVER!
"É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos.
E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'."
Charles Baudelaire