Poemas -> Tristeza : 

Punhais

 
Um olhar vale mais que mil palavras
Se dito assim, tão sem rodeios
E dói bem mais que mil "te odeio"s
Os dois punhais que tu me cravas

Me feres de morte enquanto lavras
No teu silêncio o meu destino
Nem serve o amor que em sangue assino
Para travar marés tão bravas

E como te explicar se eu não consigo
Ousar olhar de novo a tal castigo
Meu corpo é dor, é vida a se perder

E como te encontrar se estou perdido
Olhando a consciência arrependido
(A vergonha me impediu de te vencer)
 
Autor
TrabisDeMentia
 
Texto
Data
Leituras
1384
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
27 pontos
19
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 20/09/2008 22:05  Atualizado: 20/09/2008 22:05
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: Punhais
Trabis,
Lindo soneto que crava no peito o punhal que fere de morte o destino do poeta.
Abraço
Nanda


Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 20/09/2008 22:09  Atualizado: 20/09/2008 22:09
Colaborador
Usuário desde: 18/09/2006
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: Punhais
Ah POETA

Gosto tanto quando escreves assim... tanto...

Lindo!

Abraço


Enviado por Tópico
Luz&Sombra
Publicado: 20/09/2008 22:12  Atualizado: 20/09/2008 22:12
Da casa!
Usuário desde: 01/10/2007
Localidade: Cantinho à Beira Mar Plantado
Mensagens: 410
 Re: Punhais p/ TrabisDeMentia
Senti a dor, ao ler este seu soneto!...

Apesar de ser parca, a comentar, não é por acaso, que há muito, o tenho como um dos meus poetas preferidos.

Bem haja!
APG


Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 20/09/2008 22:25  Atualizado: 20/09/2008 22:25
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: Punhais
Um grito de dor lancinante, que da alma se ergue, por mais nada poder fazer para que se apague... E perde-se o olhar, que lentamente se afoga, no sal que brota das profundezas do sentir...

Um poeta também chora, quando assim tem de ser

Beijo


Enviado por Tópico
Katrine
Publicado: 20/09/2008 23:26  Atualizado: 20/09/2008 23:26
Participativo
Usuário desde: 30/08/2008
Localidade: Sintra
Mensagens: 15
 Re: Punhais
"E como te encontrar se estou perdido
Olhando a consciência arrependido
(A vergonha me impediu de te vencer)"

Meu caro Trabis, que bela surpresa!
Adorei


Enviado por Tópico
Cláudia_Guerreiro
Publicado: 20/09/2008 23:33  Atualizado: 20/09/2008 23:33
Membro de honra
Usuário desde: 11/05/2008
Localidade:
Mensagens: 297
 Re: Punhais
Já sentia falta de ler as tuas belas palavras que fazem sempre tão sentido e se juntam numa melodia harmoniosa que me faz sempre querer continuar a ler.

beijo


Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 21/09/2008 13:21  Atualizado: 21/09/2008 13:21
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4038
 Re: Punhais
Melódico, com um conteúdo muito bom... belo!

Bjs


Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 21/09/2008 13:36  Atualizado: 21/09/2008 13:37
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 1932
 Re: Punhais
Já que falo com o responsável...
Nestas alturas é que deveria haver uma secção para os sonetos como há para os poemas.
Compreendo que era maior a tristeza do que o facto de ser um soneto, ou não.
Até porque um soneto é um poema.

Mais sentido faria (na minha humilde opinião)
Soneto - Tristeza na escolha da classificação.


Acerca do soneto:
Quem sabe, sabe... Extremamente canónico na rima como na métrica.
Do ponto de vista metafórico houve mestria na utilização dos punhais.

Tenho dito.
Abraço.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/09/2008 13:41  Atualizado: 21/09/2008 13:41
 Re: Punhais
Trabis, Trabis!!
Que demais esse soneto!
"E como te encontrar se estou perdido
Olhando a consciência arrependido
(A vergonha me impediu de te vencer)"
Incrível esse terceto e o título é 10!
Beijo.


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 26/05/2009 21:30  Atualizado: 26/05/2009 21:30
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Punhais
Belo soneto, Trabis!