Sonetos : 

BAGOS E BEIJOS

 
Tags:  douro  
 
BAGOS E BEIJOS
 
Soltam-se cachos de raparigas
pelas vinhas prenhes de Setembro,
embalam de risos e cantigas
cachos de socalcos em requebro

sobre o rio doce onde se miram
ensaiando matizes d'ouro antigo.
Soltam-se em cores e às cepas tiram
doce manancial, farto respigo.

Ajeitando o rubor das faces sãs,
reflectem seus cantares na limpidez
do Douro, companheiro de afãs,

que lhes cobiça, ciumento, os beijos
destinados aos bagos de languidez
que os moços lhes atiram, em desejos...




Teresa Teixeira


 
Autor
Sterea
Autor
 
Texto
Data
Leituras
964
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
5
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 03/10/2008 17:51  Atualizado: 03/10/2008 17:51
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: BAGOS E BEIJOS
Espectáculo também quero vindimar...mesm que só dê para comer uvas e beber o vinho novo...Deve ser muito lindo e muito diferente do Minho vindimar à beira Douro. Beijinho


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/10/2008 09:43  Atualizado: 04/10/2008 09:43
 Re: BAGOS E BEIJOS
A doçura dos "bagos e beijos" à beira Douro... Já estou como a Roque, com vontade de vindimar!
Beijo!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/10/2008 18:24  Atualizado: 04/10/2008 18:24
 Re: BAGOS E BEIJOS
Olá Teresa,

Por detrás desse seu belo poema, replecto de beleza e doçura, esconde-se a dureza e a azáfama da vindima.

Parabéns
Cumprimentos,
José António