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Em noite interminável vivo

 
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É tarde e a noite entrou em mim
No dia em que entraste na minha vida
Se escuro estou a ti te devo, querida,
Se te procuro porque foges assim…

Não te mereço? Não te desejo?
O que falta em mim não sei
Lágrimas não me restam e ficarei
Sempre triste, sozinho, cego estou se nada vejo.

História repleta de falsos alarmes em que eu te amava
Em que mostravas amor, carinho,
Amor, carinho a dobrar eu mostrava
Mas agora vejo o fundo da garrafa de tinto
E não estás lá.

Para onde foste? Por onde andas?
Se na garrafa e no copo não estás
Andas pela rua, demasiado sóbria para mim. Ainda me amas?
Agora amo a minha vida, o tinto e o copo e o garrafão
São a única razão de vida, e como passo o meu serão.

São duas da manhã e agarro a minha caneta
Com dedos gordurosos e nojentos e feios
Escrevo com o fim de esquecer esta paixoneta
Mas não me consigo esquecer dos meios
Em que te amei, em que me parecias amar.
Mas nem tudo é o que parece.


Escrito pela noite dentro a 3 de Outubro de 2008


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AntonioCarvalho
 
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